The Dog Days não estão Over

The dog days não estão over.

Ao menos fora do mundo mágico e idealizado do trabalho.

É o que aponta mais um estudo, no caso, o relatório “State of the Global Workplace“, do Gallup. lançado este ano, o trabalho que entrevistou 122 mil pessoas em 160 países. discorre sobre tendências, estresse e engajamento nos locais de labuta.

Mesmo após o inferno vivido de uma pandemia, 44% dos funcionários disseram vivenciar altos níveis de estresse no dia anterior a pesquisa, repetindo a alta em 2021 e mantendo a tendência deste crescimento..

59% relataram ser adeptos do “quiet quitting” aquela expressão que ganhou força ano passado e significa que o funcionário vai fazer só mínimo e ainda assim de olho no relógio para se mandar. 18% estão quase nessa vibe também, faltando somente isso aqui, óooo….

51% informou que estão de olho ou procurando ativamente outro emprego. Possivelemnte usando a internet da empresa que é puro desgosto.

Na boa, nada disso é novidade. Sim, falo também do uso da rede pra buscar outro emprego, mas, em especial, essa insatisfação generalizada com o ambiente de trabalho. .Seja por motivos externos ou internos das empresas, a vida do trabalhador moderno não tá fácil (se um dia foi…) e bem longe do quadro pintado de satisfação e realização profissional (que pra muitos não difere do pessoal) que vemos pintado com tinta guache por aí. E o bacana deste relatório é o fato dele ser global, o que demonstra que não é um fenômeno regional, mas que atinge trabalhadores de países ricos e pobres.

Outros dois pontos que me chamaram bastante a atenção foram os seguintes:

a análise da Gallup descobriu que o engajamento tem 3,8 vezes mais influência sobre o estresse do funcionário do que o local de trabalho. Em outras palavras, o que as pessoas experimentam em seu trabalho diário – seus sentimentos de envolvimento e entusiasmo – é mais importante para reduzir o estresse do que onde elas estão sentadas.

Ou seja, o relatório diz que, não importa se o trabalho é local, híbrido ou remoto. Se tem piscina de bolinhas ou máquina de capuccino ou não, se a tchurminha estiver vibrando no mesmo flow, na mesma pegada de propóstio com a força de todos os seus coraçõezinhos unidos, então, o estresse e as chateações diárias do trabalho passam para um segundo plano.

Seguindo o raciocínio, significa que, se os gestores e líderes fizerem um trabalho de alinhamento quase nirvanesco com os times, mantendo-os sempre afinados neste estado de vivência e abraçamento dessa cultura, boa parte do problema relacionado a estresse será atenuado. Escrevo isso com as sobrancelhas arregaladas.

A outra afirmação diz respeito a relação contentamento no trabalho e seu impacto na vida fora do expediente do funcionário.

A análise da Gallup descobriu que, quando os funcionários estão engajados no trabalho, eles relatam uma redução significativa do estresse em suas vidas.

Quanto mais engajado na empresa, menor o estresse inclusive na vida pessoal do funcionário. Quase a metade, segundo o estudo. Isso me remete a “n” possíveis causas e explicações baseadas em mudanças na relação do homem com o seu trabalho agora, na nossa época. Soa como se havendo sentido no trabalho, na vida pessoal também haveria, uma vez que nestes tempos modernos, o trabalho, participar integralmente do sisema de produção, nos dá sentido. Livros como A Sociedade do Cansaço e conteúdos produzidos pelo André e o Lucas, do Vibes em Análise, ou do Startup da real são um começo menos parrudo e que podem ajudar a compreeender tal relação direta.

E pra não dizer que não falei de flores nesse post, fecho com a sta. Florence, numa versão ao vivo de The Dog Days are Over. Um luxo.


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